Setembro o ano todo
1 de setembro de 2020.
Estamos em isolamento há 171 dias, nada é como antes, principalmente a saúde mental. No começo veio aquela sensação de férias, home office e mais tempo pra curtir a casa… até que a ficha começou a cair e a saúde mental também.
Março, abril, maio, junho, julho, agosto… Quando será que vai ter um fim? Infelizmente, não é em setembro, por isso, deixo aqui um alerta e um apelo. Cuidem das pessoas próximas, perguntem como elas estão, estejam de olho nos sinais de depressão, ansiedade, borderline, bornout e, principalmente, de suicídio. Alguns dos sintomas:
- Isolamento com frequência
- Mudanças drásticas de humor
- Mudanças marcantes de hábitos
- Perda de interesse por atividades
- Cansaço excessivo, físico e mental
- Dor de cabeça frequente
- Insônia
- Piora no desempenho no trabalho e/ou nos estudos
- Alterações no sono e no apetite
- Uso constante de frases como “preferia estar morto/a”, “queria morrer” ou “queria desaparecer”
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) 86% dos brasileiros sofrem com algum transtorno mental. Além disso, o levantamento feito pela Vittude, plataforma on-line voltada para a saúde mental, aponta que 37% das pessoas estão com stress extremamente severo, enquanto 59% se encontram em estado extremamente severo de depressão. A ansiedade extremamente severa atinge níveis ainda mais altos: 63%.
Até quando vamos ter vergonha de falar de saúde mental e isso continuar sendo um tabu? É preciso entender que não só a saúde física é importante, os transtornos mentais nem sempre são fáceis de perceber, por isso é tão necessário ficar de olho em todos os detalhes. Se você está com alguns desses sintomas, busque ajuda profissional. Se você percebeu alguns desses sintomas em alguém próximo, converse e incentive a busca por ajuda profissional. Precisamos pensar e agir como setembro o ano todo.
Simone Bispo
Nascida em São Paulo e criada em Recife, pisciana, publicitária, fotógrafa, viciada em seriados, tatuagens, tênis e apaixonada por azul.