Minha experiência como anfitriã na Dog Hero
22 de janeiro de 2018
Aqui em São Paulo, moro numa casa bem mais espaçosa que a casa da minha mãe em Recife. Como estou há alguns meses sem emprego fixo (manda jobs, CLT ou PJ, mores), encontrei na plataforma Dog Hero, uma maneira prazerosa de ganhar uma grana extra. Fiz o meu cadastro na plataforma e aguardei a aprovação, como estava próximo das festas de final de ano, fotografei os cômodos da casa, detalhei bem minha história com pets e deu tudo certo!
Lá estava eu com meu perfil na plataforma e torcendo para conseguir alguns hóspedes bem fofos. Para minha surpresa, muitas pessoas entraram em contato desejando realizar um pré-encontro e reservar hospedagens. O pré-encontro é uma visita do tutor com o animal na casa onde ele possivelmente ficará hospedado, pois é necessário que o animal se sinta bem no ambiente e que o anfitrião conheça o animal também. Realizei alguns pré-encontros, conversei com vários tutores e atingi o meu limite de hospedagens (cada anfitrião determina o seu limite). Natal e Réveillon seriam datas “comemoradas” com animais de outras pessoas.
Meu primeiro hóspede foi o Kiwi, um poodle encantador de 12 anos. Em seguida chegaram a Nina, uma SRD de 5 anos, muito calma e carinhosa e também o Fred, um pug de 1 ano com pilha inacabável! hahaha
Kiwi |
Nina |
Fred |
Eles passaram o Natal comigo e cada um seguiu com a mesma rotina que tem em suas casas. Horário de comida, passeios, brincadeiras e local de dormir. O Fred era pura bagunça e não parava um minuto, mas quando foi embora me deixou com muita saudade. A Nina era pura calmaria e ficou comigo até pertinho do réveillon, assim como o Kiwi. Eles conviveram muito bem e sem brigas.
Logo após o Natal, recebi a Maya, uma bulldog inglesa de 1 ano, algumas manias e muito dengo (comeu o cabo da NET que passa dentro do meu quarto, mas depois nos resolvemos e estabelecemos a paz). Estava eu com quatro cães com hábitos diferentes e nenhum era de fato meu. Foi uma experiência bem louca, mas eles fizeram o meu Natal ser alegre e bem diferente dos últimos anos.
O Fred foi pra casa e eu recebi a Eevee, uma bulldog francesa de 5 meses e muita energia, o Bonifácio, um Lhasa Apso de 1 ano e muito charme e a Petra, uma pug de 1 ano e muito drama. Eles se juntaram ao Kiwi, Nina e Maya, que já estavam aqui em casa e nesse dia sentei na cama e pensei “agora eu vou ficar louca, como coloquei tantos cães dentro de casa?”, mas respirei fundo e falei pra mim mesma que eu era capaz.
Maya |
Eevee |
Bonifácio |
Petra |
Pouco antes do réveillon, Nina e Kiwi foram para suas respectivas casas, fiquei apenas com o trio parada dura e a Maya, dengosa e bichinho do mato. Meu maior medo era que aqui na rua soltassem fogos demais e eles ficassem assustados, mas moro num bairro onde a maior parte dos moradores são adultos e idosos, pra minha sorte.
Música calma pra todo mundo relaxar, portas e janelas fechadas, incenso para deixar a casa com cheirinho gostoso e uma cama cheia de cães. Estava formado o meu primeiro réveillon fora de Recife, longe da minha família. Eu chorei sim, chorei bastante. Eu abri mão de muita coisa nos últimos meses e ao hospedar os cães, notei o quanto eu havia mudado, o quanto eu havia crescido. Estava pronta pra começar o meu 2018!
Logo após o revéillon, Eevee, Bonifácio e Petra foram embora e ficamos apenas eu e Maya, pois ela ainda ficaria mais uma semana aqui em casa. Finalmente era o nosso momento! Toda a implicância e birra dela comigo por causa dos outros cães foi deixada de lado. Ela sorria, me acompanhava pela casa e pedia carinho o tempo todo.
Quando a Maya foi embora, faxinei toda a casa, arrumei meu quarto como era antes deles (tive que mudar algumas coisas de lugar), sentei na cama e fiquei refletindo sobre essa experiência tão enriquecedora num ano de tantas reviravoltas na minha vida. Aprendi muito, cresci em poucos dias e, com certeza, hospedar cães é algo que eu desejo fazer mais vezes.
Simone Bispo
Nascida em São Paulo e criada em Recife, pisciana, publicitária, fotógrafa, viciada em seriados, tatuagens, tênis e apaixonada por azul.
anterior
2017: um ano de aprendizado
mais recente
2 Comentários
Myriam Cedro
Coisa mais Linda de se ver! Um Mais fofo que o outro! Deve ter sido mesmo muito enriquecedora a experiência!
Simone
Foi uma das melhores experiências que tive nos últimos tempos, Myl!